terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mostra a sua cara!


A escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é apenas o primeiro passo para a transformação do Brasil em uma potencia olímpica, de acordo com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Para o mandatário, o país precisa melhorar sua estrutura para chegar a 2016 disputando, em casa, grande número de vitórias.


"O Brasil não vai chegar na Olimpíada para disputar meia dúzia de merreca de medalhas. Cada cidade do interior desse país, a partir do ano que vem, tem que se transformar em uma cidade olímpica e a molecada começar a praticar esporte", disse Lula nesta segunda-feira, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico. "Em toda favela do Rio de Janeiro...aquele menino que gosta de brincar de bater no outro, vamos levar para lutar boxe", exemplificou.


Nos últimos Jogos Olímpicos, disputados em 2008, em Pequim, na China, o Brasil conquistou 15 medalhas - três de ouro, quatro de prata e oito de bronze - terminando na 23ª colocação do quadro de medalhas. Os donos da casa ficaram com a liderança ao abocanhar 100 subidas ao pódio - 51 medalhas de ouro, 21 de prata e outras 28 de bronze.


Apesar de ter defendido que o Brasil brigue por grande número de medalhas, o presidente diminuiu a importância das vitórias em competições, privilegiando o legado esportivo deixado pelo evento. Como exemplo, utilizou o ginasta Diego Hypolito que, em Pequim-2008, era favorito, mas sofreu uma queda durante a prova de solo da ginástica olímpica e acabou eliminado.


"Diego, você não ficou diminuído porque caiu em Pequim, aquilo foi um incidente. Você é bom apesar daquilo. A gente não pode medir um ser humano, porque num momento as coisas deram certo para ele. A medalha é um objetivo, mas o que importa é esse país ser, do ponto de vista esportivo, do tamanho da alma e do coração da nossa gente", pregou Lula.


"Nós ganhamos [a eleição] e agora precisamos começar a prestar contas dos compromissos que nós assumimos e a gente só vai se transformar em uma verdadeira potência olímpica se a gente continuar trabalhando com o mesmo profissionalismo e com a mesma emoção que trabalhou para ganhar as Olimpíadas", encerrou o presidente.


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