Acordei às 9h da manhã, olhei para o tempo… Havia parado de chover. Resolvi dar a minha corridinha básica na Lagoa. Botei um calção, escolhi uma camisa do Barcelona, peguei o IPod e fui à luta.
Na altura do parque dos pedalinhos, ouvia Raul Seixas e seu rock das aranhas quando avistei um gordinho, com uma roupa bem menor do que seu modelito, gesticulando em minha direção.
O sujeito parecia irritado. Tirei o fone. Ele se aproximou. E… (o diálogo que você lerá em seguida não é peça de ficção).
” O senhor não tem vergonha? – disse o roliço.
” O que eu fiz? “, perguntei.
” Você é profissional, trabalha na televisão, não pode correr com a camisa do Flamengo. Tenha cuidado”!
“Mas essa camisa é do Barcelona!”
O sujeito se enrolou. Mas não se deu por vencido.
“Ah. Mas é parecida. Você poderia ter evitado. Deve ser caso pensado”.
“Meu senhor. Olha direito: a camisa do Fla não é igual a do Barcelona…”
“O senhor faça o que bem entender. Mas eu não acredito mais na sua imparcialidade”!
“Lamento, meu senhor. Uma pena mesmo…”
“E, de mais a mais, eu sei que você é rubro-negro, está todo feliz e crente que está por cima.”
“Eu não sou Flamengo, meu amigo”.
“Ah, não. Mas só elogiou ontem. Eu ouvi, eu vi tudo. Por que o Flamengo mereceu ser campeão? Só vocês, jornalistas, acham isso? Por que?”
“Meu senhor, eu vou voltar a correr. Fique com Deus e não me queira mal”.
“Vai fugir do debate?”
Sim, eu fugi desse debate insano e voltei a correr.
Esse pequeno incidente aconteceu com o Lédio Carmona hoje de manhã, o que o futebol está virando!!!
E depois não sabem porque cenas iguais a do Couto Pereira ontem são cada vez mais comuns.
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